Ouazazarte, Rabat e hora de ir embora | África.06

Ouazazarte, Rabat e hora de ir embora do Marrocos

Depois de passar alguns dias curtindo a exótica Marrakech, era hora de seguir viagem para o tão esperado deserto do Saara, fomos para Ouazazarte.

Na verdade não era bem para o deserto, mas sim para a entrada dele, quase na fronteira com a Argélia e praticamente no meio do nada. Nosso destino final seria a cidade de M’Hamid onde acaba a estrada e tudo vira areia. No caminho passaríamos por algumas cidades maiores, porém com exceção de Ouarzazate, a verdade mesmo é que eram todos pequenos vilarejos, com um posto, algumas lojas, mercado, mas não uma cidade mesmo.

Nós dois no Marrocos.

Longe de casa, no meio do nada!

Ouarzazate entrou para o mapa das cidades devido a sua importância para a indústria do cinema, vários filmes já foram filmados por lá, inclusive o famoso “Gladiador”, e então por conta disso tem umas coisas ligadas ao tema. Tipo hotel com estúdio de cinema, museu do tema.

Na real é tudo meia boca e não tivemos muito interesse em conhecer melhor. Claro que se você é daqueles aficionados pelo tema, talvez tudo tenha um apelo diferente. Ou seja, desconsidere nossa opinião, rs!

Porém estávamos ali de passagem, achamos um camping que na verdade era um quintal sem muita estrutura. Porém acabamos desistindo e fomos para um Ibis, eu, Leo, estava com uma dor na barriga fortíssima.

Não sei o que eu comi, só sei que me contorcia todo. Uma noite de conforto é essencial nesses dias!

Chel no Marrocos.

Próximo a Ouarzazate 

Próximo a Ouarzazate fica a cidade Ait Ben Haddou, onde você pode encontrar um dos “Kasbah” (lugar onde o líder da cidade morava e que servia como uma fortaleza para proteger a mesma) mais bem preservado do Marrocos. Sua importância é tanta que entrou para a lista de patrimônios da humanidade da Unesco. Infelizmente no dia que fomos visita-lo o tempo não estava ajudando muito. Com uma nuvem de areia tapando o sol e muito vento, a previsão apontava para uma grande chuva naquela noite. Optamos por fazer algumas fotos de longe, retratar o lugar e voltar para o nosso camping. Com o vento balançando o carro prevemos que a noite não ia ser fácil na barraca e após uma meia hora negociando com o dono do camping, conseguimos um preço especial para ficar em uns dos seus quartos. Foi a decisão certa!

Durante a noite toda choveu e ventou muito. Teria sido a pior noite da viagem dentro da barraca. A chuva foi tão grande que vários rios que estavam secos. Transbordaram, casas, estradas e pontes foram arrastadas pela força da água. Segundo os jornais mais de 30 pessoas morreram por conta dessa chuva. Tivemos que pegar a estrada com muito cuidado e atenção, mas felizes de estarmos bem!

Estávamos contando os minutos para ver os belos cenários holandeses.

Vila Portuguesa no Marrocos

Quem consegue pegar uma tempestade no deserto? Só nós mesmo, tudo bem que para nós tudo vira aventura mas em algum momento ficamos seriamente preocupados. Nos jornais anunciavam que era a pior chuva dos últimos vinte anos.

Com tudo isso, nosso primeiro plano que era ir para Agadir, um lugar famoso pelas boas ondas acabou mudando. Resolvemos voltar para Marrakech, que já tínhamos um hotel e de lá, mais seguros acessar novamente a previsão e decidir o que fazer.

O Marrocos tem uma costa bem bonita mas o tempo não estava ajudando. Nosso plano era subir e passar por várias cidades até chegar a Tanger onde pegaríamos o barco de voltar para a Europa. Passamos por Essaouira e Safi, mas embaixo de chuva não conseguimos realmente conhecer essas duas cidades.

Nosso plano

Já em El Jadida tivemos uma agradável surpresa, a cidade é famosa por ter sido uma vila portuguesa e ainda há uma parte que ainda está bem preservada, com arquitetura bem típica além de uma cisterna, também construída nessa época. Paramos o carro e fomos passear por ali, tudo muito calmo, pouquíssimos turistas comparado as outras cidades.

Nossa viagem pela costa continuou e passamos novamente por Casablanca, paramos para passear um pouco, e realmente, a mesquita Hassan II é algo estonteante. É a maior mesquita do Marrocos e da África e a sétima maior do mundo. O mais interessante é que ela está na beira do Oceano Atlântico e tem capacidade para receber 105 mil pessoas.

Marrocos.

Marrocos.

Marrocos.

Rápida visita a capital Rabat no Marrocos

Quinze dias no Marrocos e já tínhamos visto muita coisa. Fomos até as montanhas, o carro quebrou, visitamos as cidades turísticas, fomos até o deserto e já tínhamos subido a costa,  que é bem charmosa. Estávamos seguindo pela costa nos últimos quatro dias, gostamos de El Jadida e agora era hora de passar por Rabat, a atual capital.

Nós particularmente achamos aqui tudo mais organizado, menos turistas e mesmo assim com muitas coisas para ver.

Algo interessante por todo o Marrocos, que não comentei nos outros post, é que o McDonalds não tem internet e também não é permitido tirar fotos dentro. Além de óbvio: ter uma foto do Rei Mohammed VI.

Bom, fora esse pequeno detalhe, seguimos pela cidade a pé, passamos pela mesquita que é bem pequena e organizada comparada com as outras que visitamos pelo país. Mesmo assim, tem todo o charme, os mesmo produtos, mas tudo em menos quantidade. Outra lugar que visitamos e particularmente gostamos foi o Mausoléu do Rei Mohamed V que é realmente impressionante além de ter uma linda arquitetura e fica junto com a Hassan Tower.

Que é somente a minarete de uma mesquita inacabada. A mesquita Hassan pretendia ser a maior mesquita do mundo mas a construção foi abandonada em 1199 quando o Rei Yakub I, morreu. A minarete que pretendia ter 80 metros de altura acabou com apenas 40 metros de altura. De qualquer forma. Ainda é um dos principais lugares da cidade. Para quem tiver tempo outro passeio legal é pelo Kasbah Oudaia.

Uma das fortalezas antigas e há um mundo lá dentro além de uma bela vista.

Estávamos contando os minutos para ver os belos cenários holandeses.

Estávamos contando os minutos para ver os belos cenários holandeses.

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A hora de ir embora do Marrocos

De Rabat seguimos para Tanger, o mesmo lugar onde tudo começou. Foram ao todo 17 dias em terras marroquinas. Com certeza valeu a experiência. Depois de seis meses de Europa tivemos contato com uma cultura totalmente diferente e acreditamos que isso é o mais enriquecedor da viagem. Sobre a segurança não tivemos nenhum problema. Fomos bem recebidos em todos os lugares e sim.

Há uma certa expectativa por dinheiro caso você peça ajuda. Ou aceite fazer uma tatuagem de hena. Ou tire foto com uma cobra ou um macaco. Então antes de qualquer coisa sempre pergunte o preço, confirme.

Escreve em um papel, para assim não ter que passar por nenhum inconveniente.

Estávamos contando os minutos para ver os belos cenários holandeses.

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