Visitamos El Calafate e Cuevas de las Manos

El Calafate, tivemos o prazer de conhecer essa simpática cidade no verão de 2011. Ficamos por cinco dias e fizemos o famoso trekking no Glacial Perito Moreno… Agora era hora de voltar no inverno, ver paisagens diferentes e matar a cidade desde pedaço especial do mundo!

Um dos lugares mais bonitos do mundo: Glacial Perito Moreno em El Calafate.

Agora nossa chegada tinha outro gostinho!

Passamos em frente ao aeroporto onde tínhamos descido na primeira vez e comentamos a sensação gostosa de estar ali com nosso próprio carro. Não é muito fácil descrever o que sentimos.

Foi algo como: “Olha onde estamos! Viemos até aqui de carro”!

Nessas horas você tem certeza que está no caminho certo. Não me refiro a estrada, me refiro a vida!

Afinal, o primeiro semestre de 2013 foi de muitas mudanças em nossas vidas. Largamos o emprego no banco, casamos e deixamos tudo no Brasil para trás. Tudo isso para viajar por muito tempo com uma infraestrutura limitada e sem nunca ter feito algo parecido antes!

Bom, pelo menos para nós foi uma mudança significativa. Após dois meses ter a sensação que fez a coisa certa é muito motivador e gratificante. A parte difícil continua sendo a distância da família e amigos.

Hoje mesmo meu sobrinho nasceu e temos que nos contentar com fotos no Facebook. Mas, vamos voltar a El Calafate!

As imensas paredes do glacial de El Calafate, Argentina.

Você pode fazer o tour pelas escadarias em frente ao glacial de El Calafate, Argentina.

À procura do camping, sorte que já conhecíamos bem a cidade…

Chegamos na cidade à noite e tínhamos a referência de um camping logo depois da ponte que dá entrada na cidade. Por sorte existem placas e foi mais fácil que imaginávamos achar o “El Ovejero”. Porém, o camping estava fechado! Conversa vai, conversa vem e o Andres, dono do camping, topou alugar o hostel para nós por um preço camarada.

Não tivemos dúvidas. Teríamos internet boa, cozinha ampla, boa cama e tudo isso com calefação! Um sonho! A previsão do tempo também parecia estar do nosso lado… Sol nos próximos dias. Mas sem os termômetros passarem dos 10 graus!

Como já conhecíamos a cidade, nossa ideia ali era aproveitar para colocar o site do VLE em dia. Visitar novamente o incrível Glacial Perito Moreno e explorar a região com nosso carro. Uma forma barata e adequada para nosso tipo de viagem! Com o inverno chegando, o sol só aparece por volta das 9h30 da manhã.

O que é ótimo para dar aquela dormida sem peso na consciência.

Fomos até o Glacial, mas na hora mudamos nossos planos…

Decidimos dirigir até o Glacial e relembrar aquele trajeto bonito da região. Chegamos lá e o tempo estava completamente diferente de El Calafate que nós conhecíamos. Para quem não conhece, são 70 km até a portaria do parque.

Como tínhamos que pagar 90 pesos por pessoa, preferimos voltar no dia seguinte do que correr o risco do tempo não ajudar e jogarmos o dinheiro fora!

Na volta, sem muitos planos, aproveitamos para conhecer o Museu de Gelo. Ele fica a 7 km da cidade e em 2011 ainda estava em construção. É um lugar interessante, tudo novo e bem estruturado.

Paga-se 95 pesos por pessoa e você percorre o museu a pé. Suas galerias que falam dos glaciais da região, das calotas de gelo pelo mundo e das formações exóticas que são encontradas. No final, você ainda assiste um vídeo com lindas imagens do parque dos glaciais.

Um passeio interessante. O quanto você vai gostar dele vai depender de quanto você já conhece sobre o assunto. Como um todo achamos legal, mas nada espetacular!

El Calafate, uma parada obrigatória no roteiro de viagem

Para quem pensa em vir para El Calafate, a cidade possui uma ótima estrutura turística. São diversos voos diários que saem de Buenos Aires na alta temporada. Na cidade existe hospedagem para todos os gostos e bolsos. No centro da cidade você encontra desde farmácias, mercados e lojinhas até restaurantes, bancos e agências de turismo.

No verão existem diversas opções de excursões, sendo o trekking sobre os glaciais o mais conhecido. Existem dois trajetos, um bem leve e um mais pesado! Escolha um e não deixe de fazer! Pra quem não quer passar frio ainda existem opções de passeios em barcos com calefação que saem pelo Lago Argentino navegando entre icebergs gigantes até outros glaciais da região. O que não falta são opções, mas atento que no inverno tudo fica fechado.

Para quem ama natureza como nós, essa é uma região obrigatória!

Agora sim, Perito Moreno! Um lugar indescritível…

Em nosso segundo dia lá fomos nós outra vez até o Perito Moreno, dessa vez acertamos, o tempo estava aberto e com um pouco de sol. O trajeto até o glacial tinha gelo na pista mas fizemos devagar e não tivemos problemas! Quem conhece o Perito Moreno sabe que, qualquer palavra é pouco para definir a magnitude daquele lugar.

As formas, as cores, os sons hipnotizam as pessoas nas passarelas, que ficam em êxtase sem saber como retribuir tamanha beleza, disparam milhares de fotos, nós não fizemos muito diferente!

O interessante é que depois de alguns anos fotografando eu consegui diminuir consideravelmente a quantidade de fotos que tiro de um lugar ou cidade, penso mais antes de clicar até porque sei o peso de cada foto, o trabalho para editar e guardar todas elas depois.

Mas em alguns lugares excepcionais como o Perito Moreno parece que essa disciplina vai por água abaixo, chego em casa, olho e penso: “por que tirei essas três fotos iguais”? Sinal que o lugar é incrível mesmo!

Um novo projeto saindo do forno…

Durante esses quatro dias que ficamos em El Calafate discutimos bastante sobre o nome que daríamos ao nosso novo projeto de culinária que a Chel quer implementar. Acabamos decidindo por VLE Gourmet (que agora virou Viagem e Comida), um nome fácil e que soa familiar em qualquer lugar do mundo!

Tem muita coisa no forno para sair nas próximas semanas, fiquem de olho!

Na nossa última noite tivemos o prazer de ir comer no La Tablita, um dos melhores restaurantes da cidade e provar a famosa carne de cordeiro feita no assador criolo.

A Chel vai contar melhor os detalhes para vocês no post sobre esse dia, mas já adianto que foi bem legal ver o preparo de perto e comer tudo depois!

Chegou a hora de seguir viagem…rumo a Ruta 40

El Calafate mais uma vez tinha nos recebido muito bem e agora seguiríamos pela famosa Ruta 40 em direção a Bajo Caracoles. Um lugar minúsculo, com menos de 50 habitantes, porém ponto de partida para a “Cuevas de las Manos”, um grande cânion onde foi encontrado diversas pinturas rupestres datadas de mais de mil anos atrás.

Seu reconhecimento e importância para a história é tamanha, que hoje ele é integrante da lista de patrimônios da humanidade pela Unesco.

Ficar em Bajo Caracoles não é muito agradável, no inverno existe somente um hotel e o dono, eu diria, é um pouco folgado. Afinal ele sabe que você não tem onde ficar e acaba não te dando muita atenção, sem falar no preço arbitrário! Mas choramos muito e conseguimos um preço aceitável, longe de ser justo!

Acordamos cedo naquela cidade que mais parecia um velho oeste abandonado e dirigíamos os 50km até nosso destino. Com a Ruta 40 sendo pavimentada foi difícil achar a saída para a estrada de ripio, mas depois de meia hora rodando, deu certo!

A neve dá lugar ao ambiente seco e cheio de curvas

Descobrindo o parque de Cueva de las Manos…

Mesmo sendo sábado não havia nenhum outro turista no parque, pagamos 50 pesos por pessoa para entrar e tivemos a guia só para nós. A guia Natália foi super atenciosa, o tour leva uma hora e no caminho você vê diversas mãos pintadas em vermelho, preto e algumas com toque de amarelo. Outros desenhos também podem ser vistos como, círculos, animais e até pessoas.

Estudiosos há vários anos tentam entender que tipo de matéria prima foi utilizada nos desenhos para durar tanto tempo, ainda mais expostos ao vento, chuva e outras formas de erosão. Na região também foram encontrados pedaços de carvão que datavam de centenas de anos atrás, tudo muito interessante!

O visual do canion Rio Pinturas também é super bonito, um tour que vale a pena ser incluído no itinerário, caso você esteja pela região. Infelizmente a cova em si está fechada com uma cerca por dois motivos: primeiro por causa do vandalismo, e segundo porque a entrada das pessoas ali pode de alguma forma alterar as substâncias estudadas, que podem explicar um pouco mais desse povo nômade.

Outras coisas que se pode ver, são algumas marcações dos próprios cientistas, que como ouvimos da nossa própria guia, não deixa de ser um “vandalismo científico”. Tudo isso para poder preservar esse lugar incrível e misterioso para as próximas gerações!

Agora era hora de tocar para Los Antiguos, cidade que faz fronteira com Chile Chico e nos preparar para mais uma vez cruzar a fronteira para a Carreteira Austral no Chile.

Fica para o próximo post…

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