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Johanesburgo, nossa primeira parada na África do Sul. 

Depois de quase 10 meses pela Europa era hora de seguimos de vez para o continente africano. E nosso destino seria Johanesburgo, nossa primeira parada na África do Sul.

Só de termos saído do inverno de Londres, nosso corpo já estava mais contente! Nossa passagem por Dubai foi curta mas muitíssimo proveitosa. A Rogéria nos tratou como filhos e saímos de lá como se estivéssemos deixando nossa mãe para trás.

Para nossa sorte também tínhamos amigos em Joanesburgo. O Rapha fez faculdade comigo (Chel aqui) e já mora na cidade desde 2010. Um outro amigo do banco, também foi transferido para cá e a esposa veio junto, então pelo menos teríamos dois amigos por perto, o que é sempre muito bom.

Nossa primeira surpresa já foi no aeroporto. Chegamos de avião pois nosso carro estava em um contêiner a caminho. Depois de mais de 30 fronteiras essa foi a primeira onde o oficial de imigração do aeroporto não falou nenhuma palavra conosco. Nenhuma de verdade, não é força de expressão, nem a vacina de febre amarela que é obrigatória nos foi solicitada.

Seguimos com o Rapha para a sua casa e já tinha um strogonoff para o jantar. O Rapha é casado com uma sul africana e para nós é ótimo ter a oportunidade de ouvir um pouco de alguém local, alguém que viveu o apartheid no país, não preciso nem dizer que já rendeu boas conversas.

Felizes na África do Sul.

Nosso primeiro encontro com leões na África

Para o nosso primeiro fim de semana aqui, o Rapha planejou nos levar no Lion’s Park. Um parque que fica na cidade e onde é possível ver alguns animais.

Não imaginávamos que em poucos dias já poderíamos ver alguns animais selvagens, então lá fomos nós.

O passeio é super organizado e é possível fazer um tour com seu próprio carro ou seguir em um mini ônibus com eles. Vimos os leões serem alimentados já no cair da noite, zebras, girafas, antílopes e guepardos.

O mais legal do passeio é sem dúvidas ver os filhotes de leão. Por serem filhotes não oferecerem muito risco e não pareciam nem de longe estar dopados, já que ele não paravam de brincar, pular um em cima do outro, e pareciam se divertir.

Apesar do passeio ter sido legal, esperamos conseguir ver os animais de forma bem mais livres na natureza.

Sempre ouvimos muitas divergências sobre o tratamento de animais em zoológicos, e esse parque apesar de ser fechado, não se comparada com as jaulas de um zoológico.

Fora isso, quando perguntamos as pessoas locais, elas disseram achar o trabalho do parque super bacana, pois no final, muitos animais que foram judiados na natureza ou machucados por caçadores, acabam sendo levados lá para tratamento. E se não tivesse eles provavelmente esses animais morreriam.

Achamos que vale a pena o passeio e assim, cada um tirar sua própria conclusão…

O nosso primeiro leão na África do Sul, fofo?

O que fazer em Johanesburgo, nossa primeira parada na África do Sul

Ao todo foram 3 semanas em Johanesburgo e sempre dividimos que quando temos bastante tempo, o bom mesmo é fazer as coisas devagar, um dia de agenda cheia e alguns dias de casa.

No nosso caso, não quer dizer que os dias que ficávamos em casa eram dias menos cansativos. Estávamos aproveitando para trabalhar no nosso segundo livro, sobre a Europa, e a disponibilidade de internet, pois não sabemos como será daqui para a frente.

Além do Rapha e da Odette, que estavam nos recebendo na cidade, temos mais um casal de amigos, o Fleury, e sua esposa, Fernanda, que também moram aqui.

Tínhamos nos vistos rapidamente logo que chegamos e marcamos de ir passar o dia com a Fernanda e aproveitar para dormir lá com eles e assim ficarmos mais tempo juntos.

Nosso passeio incluiu ver a parte central da cidade. Ouvimos que a cidade é linda na primavera quando fica repleta de jacarandás. Fora isso é uma cidade com muito ver, e assim só estar em uma região um pouco mais alta para ver que além de muito ver ainda há pouquíssimos prédios.

Passamos pelo centro da cidade, conhecido como CBD (Center of Business District) que uma vez já teve as grandes empresas, mas que anda meio abandonado. Conversando com as pessoas locais descobrimos que muitos imigrantes acabaram na região e com isso as empresas e as pessoas acabaram fugindo da região.

Hoje em dia está sendo feito um esforço por parte do governo local de revitalizar a região. Tanto que fomos almoçar no Stanley 44, que é uma rua com lojas e restaurantes legais, que foi uma dessas iniciativas que já está funcionando. O lugar é bem bonitinho e vale a parada.

Mandela está por todos os lados.

O que não faltam são restaurante e feiras pela cidade nos finais de semana.

O choque do Apartheid

Ainda passamos na Praça Nelson Mandela e aproveitamos que estávamos ali para pegar um cinema. A Fernanda mora aqui há dois anos já, mas o marido não é muito fã de cinema, então aproveitamos que nem sempre temos companhia nova e fomos todos juntos ver Kingsman.

Também aproveitamos para ir visitar o Museu do Apartheid, um dos lugares que considero imperdíveis na cidade. O Museu é grande e fala de diversos assuntos desde a definição das leis do apartheid até quando ele caiu.

Tudo é muito recente na história da África do Sul e chega a ser bizarro pensar que essa discriminação existia de uma forma tão explícita, em forma de lei, em pleno século XX.

O inquieto bairro de Soweto e a casa de Nelson Mandela

Um dos passeios que fazem parte da visita a Johanesburgo é visitar o Soweto. É além da maior favela da cidade, o lugar onde Nelson Mandela morou por muito tempo.

Na verdade esse é um dos principais motivos da visita, a casa de Mandela e o Museu Hector Pieterson. Esse museu retrata o massacre que aconteceu contra as crianças do Soweto durante um protesto nos anos 70.

Apesar de meio apreensivos em irmos sozinhos lá, o nosso anfitrião, o Rapha, nos garantiu que não precisávamos nos preocupar. Ele nos deixou por lá e voltaria depois de três horas para nos buscar. Fomos direto na casa do Mandela e por ali já vimos alguns turistas na rua.

Diferente de muitas favelas no Brasil que são em lugares montanhosos aqui é tudo plano. Então não é possível ver muito mais do que as casas a sua volta. As ruas são largas e pelo menos a parte visitada pelos turistas é diferente do que nós, brasileiros, pensamos como favela.

O passeio é interessante, fala muito sobre a vida do Madiba, como Nelson Mandela é conhecido por aqui e muito pouco sobre sua atuação politica.

A entrada é quase simbólica, não mais do que cinco dólares. Uma guia nos acompanhou pelos pequenos cômodos e depois você pode ficar a vontade olhando mais detalhes. Apesar do inglês difícil deu para entender bem e depois ainda ficamos um tempo revendo principalmente os detalhes.

Nossa visita ao Soweto e casa de Nelson Mandela.

Entre amigos na África do Sul.

O triste massacre no Soweto

São dois quarteirões entre a Casa do Mandela e o Museu Hector Pieterson e apesar de um pouquinho tensos fomos caminhando. Vimos muitos turistas fazendo o passeio de bicicleta, como sugeriam alguns guias de viagem. Fora alguns vendedores na rua e algumas pessoas pedindo dinheiro, foi bem tranquilo.

Chegando ao museu mais uma vez você paga um valor simbólico e segue para o passeio sozinho. Dependendo de quanto se interessar pelo assunto dá para ficar horas lá dentro. Tem bastante conteúdo e além de mostrar esse caso específico onde a polícia atirou contra as crianças que protestavam, mostra toda a luta dos negros contra o preconceito que já acontecia na época. A principal reivindicação era não serem obrigados a aprender afrikans em vez de suas próprias línguas.

No geral as pessoas consideram que a língua oficial da África do Sul é inglês, mas na verdade, são 11 línguas oficiais. O Afrikans é uma língua que veio do holandês que também colonizou uma parte do país junto com a Inglaterra. O que mais escutamos no dia a dia entre os brancos é Afrikans, mais do que inglês.

Mesmo assim, conseguimos sempre nos comunicar em inglês.

Já entre os negros há diversas línguas, cada língua depende da tribo/etnia que você vem. O museu é super legal e tem uma loja ótima com diversos livros sobre África do Sul, dá vontade de levar todos para casa… rsrs.

Apesar de termos achado o passeio bem seguro, vale lembrar que o Soweto é gigante. São milhões de pessoas morando lá e essa parte que os turistas visitam é a parte mais desenvolvida. Nada de inventar de se “perder” pelo bairro, além de áreas bem mais pobres há áreas que são controladas por gangues e há altos índices de roubos e estupros.

Pelo menos foi o que nos disseram!

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