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Uruguai, nossa primeira fronteira

Sabíamos pouquíssimo a respeito de um de nossos vizinhos mais próximos, o Uruguai, e foi assim sem muitas expectativas que descobrimos aos poucos seus encantos…

Após dirigir pelas longas retas sentido Chuí, no extremo sul do Brasil, nossa primeira fronteira foi cruzada. Para a nossa surpresa a imigração no Uruguai foi mais rápida do que imaginávamos, meros quatorze minutos e logo ouvimos um “buena viajen”.

Ótimo, primeiro carimbo no passaporte e zero problemas com o carro. Primeiro destino: Parque Santa Tereza, 38kms de distância.

Nossa primeira impressão do Parque Nacional Santa Tereza, fronteira do Brasil com Uruguai.

O tempo agradável nos deu boas vindas

O tempo não poderia estar melhor, poucas nuvens no céu e um sol amarelado esquentando as cores daquela tarde e foi assim que o parque nos recebeu, limpo, organizado e vazio! Sim, vazio. Com o frio do inverno chegando o turismo se resume a poucos “loucos” que se aventuram pelas praias do país.

Os adjetivos acima não se aplicam para os banheiros, com o inverno eles ficam largados e além de sujos não tem água quente.

Sorte que tomamos banho cedo em Pelotas.

Mas isso não foi suficiente para tirar a beleza da região, logo que chegamos seguimos as placas para a “playa grande” e corremos para sentir a areia gelada daquela praia deserta. A viagem começava de verdade agora.

Descobrimos boas ondas na “playa del moza” e um lindo pôr-do-sol.

Acampamos por ali mesmo! Lá fizemos nossa primeira fogueira e tivemos um gostinho do frio que iríamos ter mais ao sul. Durante a noite agradáveis sete graus testaram nossos sacos de dormir… Sucesso!

A primeira vez que dormimos ao relento, conhecido como Wild Camping no Uruguai.

Dando uma volta pelas terras uruguaias…

Nosso segundo dia, tivemos o município de La Paloma a trinta quilômetros de Rocha como destino. Ouvimos falar sobre as ondas da região e por ser caminho de Punta Del Este, resolvemos conhecer.

Em pleno sábado a tarde a cidade parecia abandonada, ali ficou claro para nós como a região deve ferver durante o verão, todos os bares, restaurantes e lojas estavam fechadas, até os hotéis estavam “cerrados”.

Conseguimos encontrar um simpático restaurante aberto, o La Ballena e aproveitamos para provar as famosas carnes da região, só que não foi dessa vez que acertamos!

O melhor ainda estava por vir em Montevideo nesse quesito.

Passamos a noite na cidade e para variar éramos os únicos “hospedados“ no camping. Água quente e internet agora são nossos luxos. Conversamos com o responsável, Marcelo, que nos contou que durante o verão a cidade recebe mais de 500mil pessoas e o camping fica coberto de barracas por todos os lados. Não duvidamos disso…

O farol da praia de La Paloma, bonito em qualquer época do ano.

Com o frio cada vez mais forte, testamos nossas habilidades de fazer fogueira diariamente, rs!

Nosso novo escritorio, com o carro e a barraca no fundo.

Frio apertando a cada dia no Uruguai

Desde que chegamos no sul do Brasil estamos procurando uma manta térmica, algo para esquentar nossa cama e ajudar a combater o frio do inverno. Encontramos vários modelos e preços, mas todos 220v, um problema por que nosso carro só possui saída 110v.

Depois descobrimos que Uruguai, Argentina, Chile e toda a região sul do Brasil também trabalham em 220v.

Acabamos não comprando ainda e estamos aguentando, vamos ver quando o frio chegar de verdade na Patagônia.