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A dificuldade do visto para Uganda e Ruanda

Existe um visto do chamado East Africa que inclui Quênia, Uganda e Ruanda. Mas o que era pra ser um processo fácil, o visto para Uganda e Ruanda virou uma novela.

Voltamos do Parque Nacional Masai Mara no Quênia direto para Nairóbi, onde após alguns dias de preparativos iniciaríamos uma jornada de 25 dias visitando Uganda, Ruanda e a República Democrática do Congo.

Dito isso levamos o carro para uma rápida revisão, verificamos os óleos, pneus, fizemos mercado, acertamos os detalhes finais, avisamos nossos pais dos detalhes e tudo pronto para cair na estrada.

Só faltava uma coisa: os vistos! Pois bem, tínhamos duas opções. A primeira era aplicar direto na fronteira, mas fizemos as contas e sairia algo como 500 dólares entre idas e vindas. A segunda era aplicar para o “East Africa Tourist Visa”, um visto que vale para Uganda, Ruanda e Quênia, custa 100 dólares por pessoa e permite fazer múltiplas entradas nos três países.

Já para a República Democrática do Congo (DRC) era outra historia e tínhamos uma pessoa nos ajudando nisso.

Sem o visto, nossa viagem para o Congo iria por agua abaixo!

Primeira tentativa, embaixada de Uganda

Ligamos na embaixada de Uganda, verificamos o horário de funcionamento e seguimos para lá na manhã seguinte. O transito em Nairóbi é péssimo, os guardas ficam nas ruas mais atrapalhando que ajudando. Todo mundo cruza no sinal vermelho e para no verde, simplesmente não entendi nada!

Duas horas mais tarde chegamos na embaixada de Uganda no centro da cidade, e recebemos a triste notícia que era feriado em Uganda e portanto a embaixada estava fechada…por que diabos a mulher não me falou isso no telefone???

Enfim, na manhã seguinte, as nove horas da manhã ligamos para confirmar se estava aberta. Sim, tudo funcionando normalmente! Chegamos em uma embaixada caindo aos pedaços e quando falamos que queríamos aplicar para o visto, fomos informados que o adesivo do visto acabou. E que demoraria duas semanas para chegar. Mais uma vez perguntamos pra ela porque não nos avisou ao telefone… Mas não adiantava nada perguntar.

Era inútil discutir o assunto pois precisávamos resolver o visto o mais breve possível… ela sugeriu irmos na embaixada de Ruanda. Para não acontecer tudo que aconteceu na embaixada de Uganda, pedimos gentilmente se ela podia ligar e verificar se estavam abertos e se tinham o tal adesivo.

Sua resposta foi contundente: não temos luz, então sem telefone. Perguntei, você não pode ligar do seu celular? Resposta: Não tenho credito… Tudo isso em uma má vontade de chorar… Ofereci pagar pelo crédito! Enfim, Ruanda estava aberta, mas tínhamos 45 minutos para chegar lá!

Com o transito como este no Leste Africano, nada nos animava muito.

Segunda tentativa, embaixada de Ruanda

Saímos correndo e para nossa sorte era no contra fluxo, chegamos 1 minuto antes das 11horas e lá a historia foi outra! Uma linda casa, tudo limpinho, bem seguro e uma atendente extremamente atenciosa.

Tirou todas as nossas duvidas, nos abriu uma exceção para irmos pagar a taxa no banco e voltar fora do horário, etc – só tínhamos um problema, o visto levaria 4 dias para ficar pronto, ou teríamos que pagar uma taxa para emissão de emergência. Como a prata está curta, resolvemos esperar!

Uma semana mais tarde depois da nossa primeira tentativa na embaixada de Uganda estávamos prontos para cair na estrada sentido África Central! Aqui vamos nós…

Depois de uma grande trabalheira para conseguir nosso visto “East Africa Tourist Visa”, onde podemos entrar e sair de Uganda, Ruanda e Quênia múltiplas vezes, colocamos tudo no carro e nos preparamos mentalmente para cair na estrada na manhã seguinte.

Com esse atraso no visto tivemos que mudar sensivelmente nossos planos, o motivo é que tínhamos conseguindo gratuitamente duas noites em um hotel em Kigali, capital de Ruanda e todo o nosso roteiro na República Democrática do Congo também tinha data marcada, ou seja, devido ao atraso, teríamos que seguir direto e reto para Kigali, visitar República Democrática do Congo e na volta aproveitar um pouco mais o Quênia.

Uma coisa que jogava contra também era o fato da temporada de chuvas estar para começar na região, Outubro já um mês com chuva constante. E para nós, nada é pior do que viajar e acampar com chuva, faça frio, mas não chova, pleasssee…

Sem o visto não chegaríamos no Congo e logo, sem vulcão!

Primeira jornada

Saímos de Nairobi e seguimos o mais longe possível, até a cidade de Eldorete, localizada 200km da fronteira com Uganda.

Pesquisamos na internet um camping para ficar na região, e o gps nos levou sem problemas (usamos o mapa Tracks 4 Africa).

O camping chama-se Naiberi River Camp e segundo um papel pendurado na recepção, Bill Gates havia ficado por lá em 2009…

Cansados do dia de direção, fizemos alguma coisa para comer, tomamos banho, escovamos os dentes e subimos para a nossa barraca cedo, visando descansar para o próximo dia, quando cruzaríamos a fronteira para Uganda!

Acampando no interior do Quênia, quase em Uganda.

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