Passeando pela maluca cidade de Marrakesh no Marrocos

Nossa experiência no Marrocos estava indo bem, mas o nosso companheiro Coyote não. Saímos de Chefchaouen rumo a Marrakesh quando o alarme da água apitou.

Claro que ter feito uma série de estudos, contas e cálculos tem nos ajudado a manter nosso orçamento em linha e tudo mais tranquilo em nossas vidas. Porém existe um processo que toma muito tempo no dia-a-dia da viagem: estudar o que está por vir nas próximas cidades do roteiro.

Por exemplo, somente em El Calafate decidimos que iríamos percorrer a Carreteira Austral no sul do Chile. Sinceramente eu já tinha ouvido falar dela, mas não conhecia nada e, logo, não estava no roteiro.

Chegar a Marrakesh havia se tornado nosso principal objetivo.

Longo caminho até chegar em Marrakesh

Nós colocamos esse acessório exatamente para nos ajudar com algum problema e ai estava ele fazendo seu trabalho. Chegamos até Fes sem problemas mas daqui não podíamos seguir. Já sabíamos que era a bomba d’água e agora era conseguir a peça e alguém para fazer o serviço. Para resumir toda a novela levamos um dia para conseguir arrumar o carro e podermos seguir viagem. Só há concessionária da Land Rover em Rabat e Casablanca então tivemos que deixar um mecânico local que não conhecia o carro fazer o serviço.

Tínhamos feito uma mega revisão em Portugal exatamente para não ter nenhum problema no Marrocos, mas mesmo assim aconteceu. Acho que a principal lição é negociar o preço e muito claramente, de preferencia escrever em um papel e garantir que é aquilo. No nosso caso, depois de 7 horas com os caras eles quiseram cobrar mais do que o dobro combinado, imagina tudo isso enrolado entre francês, árabe e espanhol (nosso tradutor)..

Bom, depois disso pegamos estrada sentido Casablanca, sabíamos que Rabat também valia a parada mas como seria o mesmo caminho de volta resolvemos que pararíamos ali depois.

Casablanca também foi jogo rápido, tínhamos visto a previsão do tempo. Tinha muita chuva pela frente e achamos que o melhor era seguir para o deserto.   Qualquer coisa pararíamos aqui novamente na volta.

De qualquer forma passamos rapidamente pela mesquita que é um dos principais pontos turísticos da cidade.

Pelo Marrocos.

Foi cansativo, mas valeu a pena

Temos que admitir que foi bem cansativo. As distâncias não são curtas por aqui, mas ficamos aliviados de começar a ver as construções terracota em meio aos coqueiros chegando a Marrakesh. Apesar de ter algumas direções de campings, seguimos a placa de um que vimos na estrada. Apesar do caminho ser meio esquisito chegamos a um charmoso hotel, com piscina e restaurante.

O preço era ótimo e ali mesmo nos acomodamos, no quinta do hotel, onde vários trailers e motorhomes nos faziam companhia.

Como já era meio da tarde, resolvemos ir dar uma volta de reconhecimento no centro de Marrakesh. Chegamos a Jemaa el-Fna, a praça mais famosa da medina de Marrakech e assim que chegamos já vimos tudo que tínhamos ouvido a respeito. Encantadores de cobra, macacos, vendedores de suco de laranja e óbvio, milhares de turistas por todos os lados.

Não quisemos entrar nos souq pois já era final de tarde, então optamos por sentar em um dos cafés e esperamos o cair da noite, onde tudo se transforma.

As barracas que dominam a praça a noite vendem as comidas típicas e a maioria das pessoas ali são locais, não assuste de ver cabeças de cordeiro expostas, produto principal do ensopado servido por ai, ou uma bacia de caracóis mais conhecidos por escargot, vivos e as barracas lotadas de gente.

Ufa, que experiência… apesar de muitas pessoas acharem Marrakech muito turística nós gostamos desse caos instalado, rs! Bora descansar que amanhã tem mais…

Pelo Marrocos.

Pelo Marrocos.

Pelo Marrocos.

Passeando por Marrakesh

Com a nossa chegada a Marrakesh no meio da tarde, tínhamos aproveitado só um pouco do centro. Agora queríamos voltar lá com mais calma e ver outros lugares que tínhamos lido a respeito.

Um deles é o charmoso Jardim Majorelle, construído pelo pintor de mesmo nome e hoje conservado pela Fundação Yves Saint Laurent é um dos principais ponto turísticos da cidade, por ser algo pago e fechado, só encontramos turistas por lá. O jardim reúne diferentes plantas de todos os continentes. Porem o que eu particularmente mais gostei foi o contraste de cores. Paredes azuis, detalhes amarelos, um charmoso restaurante e uma pequena galeria com artes que o Yves Saint Laurent desenhava para os cartões de final de ano.

O Jardim Menara também é outro ponto turístico, dessa vez aberto ao público e com muito mais pessoas locais e da região. Pelas fotos parece bem mais encantador do que pessoalmente, mas faz parte.

Jardim no Marrocos.

Jardim no Marrocos.

Nos perdendo pelas ruas de Marrakesh

Voltamos ao centro e é incrível como a praça e os souks são calmos pela manhã. Quase não há pessoas e nem parece a mesma praça do final de tarde e da noite. Dessa vez adentramos as pequenas ruelas e é sempre um misto de saber se está seguro ou não… Sempre alguém vem falar com você.

Palpitar alguma coisa e nós sempre tentamos ser educados e agradecer para não correr o risco de nos colocarmos em uma situação desagradável.

Dessa vez encontramos mais ruas feias, bem sujas. As pessoas com aquele ar sofrido. Em uma situação bem triste e também encontramos a parte turística. Com tapetes, especiarias e tudo mais, essa mais organizada e bonitinha. Para nós que não compramos nada é legal ir lá ver mas é basicamente isso.

Também precisamos tomar muito cuidado com as fotos senão tudo é motivo para alguém pedir dinheiro.

Medo de atentados.

Apesar de gostar de fazer a parte turística também gostamos de nos embrenhar entre os locais.. No dia seguinte o tempo estava fechado e acabamos não fazendo muita coisa. Fomos para a parte conhecida como Ville Nouvelle. Sentamos em um café e ficamos ali. Observando as pessoas, por ser final de semana.

Por mais que também encontre turistas. As pessoas da cidade também estão por ali, passeando.

A cidade já foi vítima de alguns atentados. O último em 2011 e quando entramos em um shopping para dar uma volta confesso que não me senti muito bem. Falei para o Leo, se for ter um ataque, com certeza vai ser aqui. E saímos de lá rapidinho.

Melhor se manter nos lugares abertos.

Hora de pegar estrada para o Deserto do Saara.

Inspire-se com nossos livros

Livro Viajo logo Existo Um ano na Estrada

Livro Viajo logo Existo Um Ano na Estrada (1)

R$ 65,00

Livro Viajo logo Existo no Velho Continente

Livro Viajo logo Existo no Velho Continente (2)

R$ 80,00

Livro Viajo logo Existo Um ano na África

Livro Viajo logo Existo na África Selvagem (3)

R$ 80,00

Livro Viajo logo Existo Um ano na Ásia e Oceania

Livro Viajo logo Existo Um Ano na Ásia e Oceania (4)

R$ 80,00

Nossos Parceiros

Logo Microsoft - Parceiro

Deixe seu comentário! Queremos sua opinião.

Queremos te ajudar a viajar ainda mais!

Veja nossos guias de viagem